Sou ateu e sou (ou tento ser) uma pessoa boa


"No lugar dele [Deus]podemos nos enredar no fundamentalismo religioso e eclesiástico, que é tão perigoso quanto o fundamentalismo econômico ou político. Ou fica o ateísmo, que normalmente reage ao seu irmão gêmeo, o fundamentalismo religioso.(...)

Darci Ribeiro empreendeu muitas batalhas em favor dos povos indígenas, da educação, da democracia inclusiva, do meio ambiente. Terminou dizendo que praticamente perdeu em quase todas as suas lutas, mas preferia não estar do lado dos que ganharam. Frequentemente, de fato, é melhor estar do lado dos que perdem. Darci Ribeiro, ateu confesso, não imaginaria o quanto estava perto do pensamento de Deus."
Luiz Carlos Susin, teólogo, professor da PUC-RS, na ZH de hoje.

Ora, assim como nem toda a religião é fundamentalista, nem todo o ateísmo o é. Da mesma forma, atrelar sempre a bondade a acreditar em um deus é uma coisa repugnante. Vindo de um teólogo de uma universidade católica, até não espanta muito. Revolta-me quando ouço dizer que o “mundo está assim porque falta deus no coração das pessoas.” Ora, sou ateu e sou (ou tento ser) uma pessoa boa, assim com há crentes que são pessoas más. Ser ético, independe de religião.

Como disse Anatole France: “Como pensar que as ideias religiosas são essencialmente moralizadoras, quando se vê que a história dos povos cristãos é tecida de guerras, massacres e suplícios?”

Comentários

Anónimo disse…
O que dá para dizer de padres que fazem contas inacreditáveis a crianças, que crescem e depois são adultos problemáticos? Ou o que falar dos maiores criminosos do nosso país: os políticos? Matam milhares de pessoas (sem assistência médica e "sem-vida social" por falta de educação) por desviarem verbas pensando unicamente no dinheiro sobre o dinheiro. A igreja muito quis matar pelo poder, poder e mais poder. Hoje, dinheiro é sinônimo de poder e aí se vê o quanto que o ateu é mais santo do que muitos por aí...

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